quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

O Exercício

Decidi escrever sobre o tema (O Exercício) pois é um facto que este elemento é muito importante em qualquer processo de ensino aprendizagem de qualquer ciência /conhecimento. Até acrescento mais é nele, o exercício, que devemos reflectir sobre tudo o que ele proporciona de positivo e de menos bom em volta do nosso jogo e também em cada performance do jogador, a vários níveis.

Importa então desde já definir exercício, que para mim é o meio através do qual o treinador (emissor) pretende transmitir a sua mensagem para os jogadores (receptores). Porem o exercício também assume outra função que consiste em ser o alimentador dessa mesma mensagem. Seja de forma constante ou evolutiva de acordo com os períodos definidos.

Por tudo isto que mencionei é de todo pertinente reflectir no exercício a realizar na unidade de treino, porque se por um lado o exercício não pode ser ambíguo, ou seja, não deturpar a mensagem enviada, para desta forma o jogador entender o jogo; também tem que corresponder com o tipo de esforços a trabalhar, de modo a que as cargas que nele são inerentes não prejudiquem o atleta. Bem pelo contrário que potencie essas cargas no atleta.
Como referi então estamos perante uma grande responsabilidade quando projectamos e posteriormente concretizemos um dado exercício. Deve então este possuir vários elementos para que tudo se relacione conforme os objectivos do mesmo.

Na minha concepção do exercício este deve ter definido os seguintes aspectos: objectivos e conteúdos a potenciar/atingir; deverá ter uma forma, tempo, repetições e nº de series, terá também um esquema e uma descrição. Deve também constar o material a ser utilizado bem como o tipo de jogadores. Isto tudo do ponto de vista de organização do exercício. Na operacionalização o exercido, na minha opinião deve trabalhar 2 momentos de jogo para cada equipe. Há exercícios nos quais estão implícitos os 4 momentos de jogo e não vejo problema, mas no geral penso que 2 equipas que se defrontam deve trabalhar separadamente 2 momentos de jogo consectivos de forma a potenciar cada um deles.

Há um último aspecto que é fulcral no exercício, pois vai ser este que vai definir o nosso jogo, ou melhor 2 aspectos, que são dinâmica e a complexidade da mesma. Aqui define-se o nosso jogo a ideia que temos dele e que queremos que seja evidenciada no jogo (competição). Então os exercícios que elaboramos no treino devem ter em conta de uma forma muito clara a dinâmica e o consequente grau da mesma. Por isso devemos ter em conta o escalão, a competição, os jogadores e condições de treino.

É de todo importante depois de realizado na prática o exercício e independente da forma como este decorreu fazer uma auto-critica escrita do mesmo e no futuro comparar com outras realizações de forma a obter conclusões, ideias novas, etc. Sobre esse e eventualmente de um outro que nasceu.

Obrigado pela visita e comentem.

Saudações desportivas, Edgar Rilo.